Em pronunciamento na Câmara, o deputado Luiz Couto afirmou que não é a primeira vez que o vereador usa de violência contra pessoas na cidade. "Há tempos que esse cidadão desfila pelo Código Penal Brasileiro. Nas campanhas eleitorais no município, ele banca o terror, insultando e agredindo as pessoas que não acompanham o seu agrupamento político", contou ele, na tribuna, na tarde desta segunda-feira (18).
Medeiros disse à reportagem que Luiz Carlos ficou chateado com duas notícias publicadas em seu site pessoal, o blog São Mamede Net. Uma postagem continha a frase “tem irmão de vereador cursando faculdade às custas do dinheiro público”. A outra informava acima de uma charge retirada do site Humortadela: “O blog do Robson Medeiros alerta: cresce o número de falsos médicos no Brasil”.
De acordo com o site de Luiz Carlos, Notícias do Vale, o assessor do deputado do PT atingiu a honra de seu irmão Leônidas Gomes. “O assessor de Luiz Couto começou a falar indiretamente do irmão do vereador em seu blog, insinuando que o mesmo estudava com dinheiro publico, se não bastasse uma ameaça de denúncia contra o estudante de medicina Leônidas Gomes, dizendo que o mesmo atendia no hospital de são Mamede se passando por médico”, escreveu o presidente da Câmara de Vereadores em seu site.
Em seu discurso, Luiz Couto afirmou que está investigando as informações.
Segundo Medeiros, o vereador tem pretensões de lançar seu irmão candidato a prefeito em São Mamede, cidade de 8 mil habitantes a cerca de 300 quilômetros de João Pessoa (PB).
Medeiros passou a semana passada na Paraíba a trabalho. Na sexta-feira (15), estava em São Mamede. Por volta de 9h30 da manhã, foi ao orelhão avisar à empresa de energia elétrica que o bairro estava sem luz. Naquele momento, chegou Luiz Carlos acompanhado do primo Suélio Medeiros e do vereador Edielson Pinicada.
“Ele me disse para parar com as denúncias, acabar com o blog e esquecer ele e o irmão dele”, narrou Medeiros ao Congresso em Foco. O assessor disse que respondeu apenas que não tinha nada a conversar com o vereador. Virou as costas e levou uma cabeçada de Luiz Carlos, que não havia retirado o capacete ao descer da moto. No chão, diz, foi imobilizado por Suélio, enquanto recebia chutes nas costas e na cabeça, além de um soco no nariz. “Ele disse que ia me matar. Ele anda armado, mas não sei se estava armado no momento”, afirmou Medeiros.
Mulheres da vizinhança apartaram a briga e o caso foi parar na delegacia da cidade. O deputado Luiz Couto conseguiu que a Secretaria de Segurança fizesse a proteção do assessor naquela sexta-feira até ele embarcar de volta a Brasília.
Provocação
Na versão de Luiz Carlos, Medeiros passou de carro perto dele na cidade e afirmou que haveria mais denúncias contra o vereador e sua família. O presidente da Câmara admite que perseguiu o assessor com uma moto. O vereador afirma que perguntou ao assessor do deputado “porque ele tinha tanta raiva de sua família”. Medeiros teria insistido em dizer que as denúncias estavam apenas começando. Luiz Carlos diz que xingou o assessor de “covarde” e, depois disso, recebeu um cuspe na cara.
“Foi aí que começou a confusão”, afirmou o vereador em seu site. De acordo com Luiz Carlos, o primo Suélio e o vereador Edielson apartaram a briga.
O presidente da Câmara dos Vereadores foi procurado, mas não foi localizado pelo Congresso em Foco. Ninguém atendeu nos telefones da Casa presidida por Luiz Carlos. A reportagem não conseguiu fazer contato com a delegacia da cidade para obter esclarecimentos com os policiais que apuram o caso.
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